O manejo das flutuações motoras observadas em pessoas com doença de #Parkinson em uso de #levodopa pode ser desafiador. Otimizar a medicação de forma a deixar o paciente em “on” na maior parte do tempo requer um ajuste fino, muitas vezes complexo. Inúmeros fatores podem interferir no nível plasmático de levodopa, diminuindo a sua disponibilidade para chegar ao cérebro: alimentação, baixa motilidade do trato gastrointestinal, interações com outros medicamentos, etc.
Encontrar maneiras de fazer com que os níveis plasmáticos de levodopa sejam mais estáveis sempre foi desejável e alvo de várias pesquisas. Nessa semana, a empresa NeuroDerm Ltd. anunciou resultados satisfatórios do ensaio clínico fase III BouNDless de uma formulação líquida de levodopa/carbidopa (ND0612) para infusão subcutânea continua, através de uma pequena bomba de infusão. Esse medicamento mostrou-se superior à apresentação via oral de levodopa/carbidopa no sentido de proporcionar um período “on” de maior duração e melhor qualidade. O ND0612 já vem sendo estudado em humanos há cerca de 7 anos, com bom perfil de segurança.
A empresa anunciou que irá solicitar o registro do medicamento às autoridades regulatórias nos EUA ainda esse ano e, posteriormente, na Europa. Não temos informações sobre pedido de registro no Brasil, mas normalmente ele só ocorre após a aprovação de agências do exterior, como o FDA.
Se houver aprovação para ser comercializado, esse medicamento seria uma alternativa para controle das flutuações motoras, através de um procedimento minimamente invasivo, como o implante de uma pequena bomba de infusão (algo que já é rotineiro em pacientes com diabetes em uso de insulina, por exemplo).
Mais informações sobre esse ensaio clínico podem ser encontradas do Clinicaltrials.gov site de registro obrigatório para ensaios clínicos.
OBS: Este conteúdo tem finalidade educativa e não é recomendação terapêutica; não possuo vínculo com o fabricante ou com o estudo clínico.